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domingo, 30 de janeiro de 2011

Mortos em Nova Friburgo já são 409

Os carros da Concessionaria Yamaha foram  totalmente destruídos por várias toneladas de entulhos e terra após  o desabamento do prédio que funcionava como garagem e oficina mecânica na Rua Luiz Spinelli no centro da de Nova Friburgo.
Na foto acima, restou apenas escombros de casas e sobrados aqui antes existentes.  Estes desabamentos causaram mortes e muita dor ao povo friburguense.


 Por conta da destruição provocada pelos temporais, as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo anunciaram o cancelamento das comemorações no Carnaval deste ano.   Além das mortes, que hoje  ultrapassam 842 pessoas as principais escolas de samba do município perderam fantasias e parte das alegorias.
Nesta cena de destruição, casas, carros, sobrados e  apartamentos simplesmente desapareceram. O “Dia seguinte” dos friburguenses foi a maior catástrofe natural  registrada em Nova Friburgo deste a sua fundação em Maio de 1818.


O número de mortos na tragédia não para de subir.  De acordo com levantamento divulgado ontem pela Polícia Civil, a Região Serrana já soma 842 mortos.  Ao todo já são mais de 500 desaparecidos em seis municípios, segundo o Programa de Identificação de Vítimas (PIV) do Ministério Público.  Por toda Nova Friburgo o cenário é de destruição, parece ter ocorrido uma guerra. No Córrego Dantas, dezenas de casas desapareceram, o bairro parece fantasma, tamanha foi a devastação.
No bairro Chácara do Paraiso, dezenas de residências foram destruídas. Vários deslizamentos de terra com  queda de postes e  árvores impediram o transito de veículos para os bairros  de  Nova Suíça, Amparo e Chácara do Paraíso.
Neste trecho da RJ 116  que liga  Nova Friburgo a Teresópolis, casas e carros foram destruídos  pela correnteza, lama, entulhos e rochas vindos das “Duas Pedras”. Um cenário de desolação mortes e dor.
Os carros em destaque parecem ter saído de um triturador, depois de serem atingidos  pela força  esmagadora dos desabamentos de apartamentos e casas no centro de Nova Friburgo, com vítimas fatais.


A cidade com o maior número de ocorrências continua sendo Nova Friburgo, com 409 mortes, seguida de Teresópolis (341), Petrópolis (67), Sumidouro (21), São José do Vale do Rio Preto (quatro) e Bom Jardim (um).  Continuamos de luto.

Fotos: Osmar de Castro  -  Nova Friburgo Brasil

Igreja de Santo Antônio será reconstruída


Na Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro,o telhado desabou e o altar foi parcialmente destruído.  Por um milagre, a imagem de Santo Antônio esculpida em madeira, foi salva e fica  exposta para visitação na Igreja Matriz de São João Batista na Praça Dermerval Barbosa Moreira.
Antes da tragédia do dia 12 de janeiro, assim era a Praça do Suspiro no centro de Nova Friburgo, um lugar especial para passear, andar de teleférico, comprar produtos da região e artesanatos, visitar a Capela de Santo Antônio, ir ao teatro ou apenas tomar sol e  conversar com os amigos sentados próximos à  “Fonte do Suspiro” que desapareceu por completo.   Foto: Osmar de Castro.


Quem mora ou estava em Nova Friburgo na madrugada do último dia 12 vivenciou todo o drama, sofrimento e a dor da maior tragédia climática da história do país, e viu montanhas virem abaixo, levando tudo o que estava pela frente. Destruição, morte e cenário de guerra por todos os lados. Quem estava fora do município e acompanhou as notícias do desastre pela TV ou internet se chocou com uma das primeiras imagens veiculadas na mídia da destruição em Nova Friburgo: a avalanche no morro do teleférico, que arruinou grande parte da Praça do Suspiro, destruindo quase que totalmente um dos seus principais cartões-postais: a capelinha de Santo Antônio, erguida em 1884.
Depois da tragédia, uma retroescavadeira retira toneladas de entulhos da Capela de Santo Antônio que foi parcialmente danificada pelas fortes chuvas do dia 12.

Agora, a mesma capelinha vai virar um novo símbolo: o da reconstrução da cidade e dos friburguenses, sob as bençãos de Santo Antônio, cuja imagem resistiu ao desastre e permaneceu intacta em meio aos escombros. A igrejinha foi escolhida pela Fundação Roberto Marinho e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para ser o primeiro imóvel do patrimônio histórico friburguense a ser totalmente restaurado. O custo da obra ainda não foi orçado, mas a Fundação Roberto Marinho já confirmou que pagará todas as despesas. O anúncio foi feito na tarde da última quinta-feira, 27, pela gerente de projetos e patrimônio da fundação, Mariângela Castro. Ela viajou a Nova Friburgo e vistoriou, em companhia da presidente do Inepac, Maria Regina Pontim de Mattos, a capelinha do Suspiro, e a estação ferroviária de Riograndina, outro bem tombado que foi violentamente atingido pela enxurrada do Rio Grande. “Essa recuperação da capela vai figurar ainda como o marco zero da reconstrução de toda Nova Friburgo. Um símbolo da nossa cidade será reerguido, dando força aos demais setores econômicos a recuperar tudo o que foi destruído.
Interior da Capela de Santo Antônio que foi parcialmente destruída pelas fortes chuvas do dia 12 de janeiro de 2011. Um dos cartões postais mais visitados de Nova Friburgo, a Capelinha será totalmente restaurada com o apoio da Fundação Roberto Marinho.   Foto: Osmar de Castro.

Após a visita à capela de Santo Antônio, Mariângela Castro disse que se surpreendeu durante a visita à capela e à estação ferroviária. “Subi a serra com uma sensação estranha, de que iria me chocar com cenas de desgraça. Vi, sim, muita destruição, mas me revigorei ao perceber em todos os cantos em que estive mutirões de moradores, voluntários e equipes de obras limpando, retirando barreiras e retirando lama de casas e ruas. É uma tentativa de recomeço. Uma união impressionante. Na Praça do Suspiro, me emocionei com homens da Prefeitura limpando o piso. Isso mostra o zelo e a preocupação que a população de Nova Friburgo tem com sua cidade”, disse ela.
A gerente da Fundação Roberto Marinho ainda não sabe quando as obras de recuperação da capela terão início, mas garante que serão o mais breve possível. A capela teve parte do telhado e quase todo o seu interior destruídos pela avalanche. Dois carros foram retirados do local, em meio a muita lama e entulhos. Um relatório dos danos causados será feito, para permitir a elaboração do projeto de restauração. Além de doar os recursos necessários para a recuperação da capela, a Fundação Roberto Marinho acompanhará toda a obra. A instituição atualmente desenvolve, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, as construções do Museu de Arte do Rio e a Escola do Olhar e, em conjunto com o governo do estado, o Museu do Amanhã.
“Todos esses esforços, inclusive a recuperação da capela em Nova Friburgo, visam à mudança de conceito e imagem do Rio de Janeiro, com vistas à criação de um novo estado para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas, daqui a três e cinco anos, respectivamente”, comentou Mariângela.

Passados 18 dias depois da tragédia, o número de mortes em decorrência das chuvas na Região Serrana continua a subir, e chegou a  850 nesta sexta-feira. Segundo a Secretaria de Comunicação das  Prefeituras já são 409 mortos em Friburgo, 344 em Teresópolis, 68 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, seis em São José do Vale do Rio Preto e um Bom Jardim.

Fotos: Osmar de Castro.     Texto:   Jornal  A Voz da  Serra

sábado, 29 de janeiro de 2011

Destruição e Mortes no Corrego Dantas

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Esta casa foi a única de dezenas de outras residências que ficou  em pé depois de uma total devastação ocorrida no bairro Córrego Dantas.  Milhares de toneladas de lama, destroços, entulhos e rochas destruíram tudo no seu caminho. O bairro hoje tem menos de  20%  das casas e indústrias que tinha antes da tragédia.
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Acima no bairro Córrego Dantas, em Nova Friburgo na RJ 116, a destruição foi vista por todo lado. O carro à direita, parece ter sido  retorcido como se fosse de plástico. Um cenário de total destruição nunca visto antes em nossa cidade. 
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Estas casas no Córrego Dantas,  foram umas das poucas que ficaram de pé depois de serem invadidas  por mais de dois metros de lama e entulhos levados pelas fortes chuvas e deslizamentos ocorridos por toda Nova Friburgo.
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Nesta cena dantesca na Rua Luiz Spinelli, parece ter ocorrido um terremoto. Prédios casas , carros, árvores,  ruas e pessoas, simplesmente desapareceram da vida e da história do cidadão friburguense. Estamos de luto por tantas perdas inestimáveis.
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Neste trecho em Córrego  Dantas, observamos atônitos que  mais da metade de todo o bairro apareceu.  As fortes chuvas do fatídico dia 12 de janeiro de 2011, desfiguraram não só o bairro, mas quase toda a Nova Friburgo. Levando da memória do friburguense  bairros, pontes, casas, vilas, sonhos e muitas vidas.
Um pesadelo que fica na memória do friburguense, como a maior tragédia natural ocorrida desde a fundação do município ocorrida por  um Decreto  Real  assinado por Dom João VI  em  16 de Maio  de  1818.
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Em Conquista, próximo a Queijaria Suíça ou Queijaria Escola, na RJ 116 Km 118, um condomínio foi totalmente soterrado causando muita destruição, pânico e mortes.   Com auxílio de retroescavadeiras, homens do Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo e voluntários fazem a remoção dos corpos  das vítimas. Uma cena que deixa profundas marcas de tristeza e pesar na história e memória do povo friburguense.
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Neste galpão em Duas Pedras,  funcionava a  Lokasom de Nova Friburgo, uma das mais conceituadas empresas de sonorização  do Brasil.   A perda é incalculável. Várias mesas de som, mixer, amplificadores, pedestais, carros,  microfones sem fio, caixas acústicas e etc.,  desapareceram  levados pela força das águas. 

Fotos: Osmar de Castro - Nova Friburgo Brasil

O "Dia Seguinte" em Nova Friburgo continua

Na Rua Augusto Spinelli em Nova Friburgo, várias casas foram soterradas, carros destruídos e vidas  ceifadas por esta tragédia natural, que veio com tamanha força destruidora nunca registrado em nossa história, deste a criação de Nova Friburgo ocorrida em maio de 1818.   Observe no centro, e à direita, que o único móvel que falta no quarto, após tamanha destruição é a cama de casal que foi levada pelos destroços.
Uma retroescavadeira  remove toneladas de lama e entulhos para a liberação da Rua Augusto Spinelli , que foi soterrada no fatídico dia 12 de janeiro de 2011 .


Neste trecho, da Rua Luiz Spinelli, paredes, árvores, carros, lama e toneladas de entulho se misturam formando um verdadeiro cenário de guerra.  Aqui havia uma oficina mecânica e uma garagem comercial.

A Capela de Santo Antônio foi parcialmente deformada por toneladas de entulhos, escombros, lama, carros e até pessoas  arrastados por  fortes correntezas que destruíram uma de suas paredes laterais e parte do altar durante a maior tragédia natural ocorrida na vida do povo friburguense. 


Na Praça “Paissandu” ou Marcílio Dias, próximo  ao prédio da “Escola Piano Pano” e da “Esquina Dois  Picanha Bar”,   formou-se um mar de entulhos, garrafas pet, trocos, lama e muita água impedindo a passagem de carros, motos ou mesmo a pé.  A cidade nunca presenciou em toda a sua história nada igual.

O número de mortos em Nova Friburgo, pode aumentar e muito. A informação é do comandante Pedro Machado, do Corpo de Bombeiros da cidade. Ele explicou que a área rural do município ainda não pôde ser totalmente vistoriada e a chuva fez dezenas de vítimas fatais nessa área também.   Hoje, Nova Friburgo é a cidade com o maior número de mortes na região serrana ultrapassando 400 corpos encontrados, e com mais de 200 pessoas que ainda continuam desaparecidas. Uma tragédia nunca vista e nem anunciada em nossa cidade. 

Nova Friburgo, a  “Princesinha da Serra”,  esta de luto luto oficial por perdas tão irreparáveis à vida do cidadão friburguense.  

Fotos:  Osmar de Castro   -   Nova Friburgo  Brasil

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Praça do Suspiro Antes e Depois da Tragedia...


Agosto de 2008 - Vista aérea do Teleférico, de onde observamos a Capela de Santo Antônio na Praça do Suspiro, as instalações do Clube de Xadrez e o prédio da Primeira Igreja Batista  em Nova Friburgo.     A Praça do Suspiro é um dos locais mais visitados pelos turistas em nossa cidade.      Foto:  Osmar  de  Castro

O número de mortos pelas chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro no início do mês chega a 810, de acordo com as prefeituras das cidades afetadas pela tragédia. Pelos últimos levantamentos dos municípios, ao todo são391 em Nova Friburgo, 324 em Teresópolis, 66 em Petrópolis, 22 em Sumidouro,6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.


Uma cena de filme de terror. Retroescavadeiras retiram  toneladas de lama, troncos e entulhos, além de vários carros que ficaram soterrados na Praça do Suspiro.  No centro da Igreja ainda pode ser visto um carro destruído pela força das águas. 
É preciso muito ânimo e  trabalho para recuperar a paisagem de Nova Friburgo que foi  desfigurada nos últimos dias pela ação de muitas  chuvas, desabamentos, mortes e perdas incalculáveis para o cidadão friburguense. 
 Fotos: Osmar de Castro  -  Nova Friburgo Brasil