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terça-feira, 17 de maio de 2011

O trem passando por Friburgo...

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Década de 40 do século XX.  O Trem da Estrada de Ferro Leopoldina Railway Company atravessando a Praça Dermeval Barbosa Moreira em frente ao Grupo Escolar Ribeiro de Almeida ( hoje IENF - Instituto de Educação de Nova Friburgo),que foi  inaugurado abril  em 1933   no governo Vargas.  O projeto é de autoria de Heitor de Melo, com uma arquitetura eclética.

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Década de 50 do século XX.  Rua General Argolo, atual Avenida Alberto Braune. À esquerda, observamos o prédio do famoso Hotel Engert, que também era cassino. E em último plano  à direita, a Igreja Matriz de São João Batista em estilo neoclássico inaugurada em 1869.

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Acima o trem descendo a serra em Theodoro de Oliveira. Observe que no centro da linha, existe um terceiro trilho chamado de Cremalheira, no qual o trilho fixado ao solo é dentado e a locomotiva imprime a força rotacional na engrenagem que a ele adere adquirindo assim movimento para vencer terrenos íngremes como é o caso da serra de Cachoeira de Macacu.

Ypu e trilhos do trem

Década de 30 do século XX. A linha do trem próximo a Fábrica Ypu de Falk e Cia Ltda., no bairro Ypu, fundada em 1912 por Maximiliam Falk. Fabricava artigos finos como: carteiras, cintos, sapatos,  bolsas masculinas e femininas entre outros artigos em couro. 

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Locomotiva da Estrada de Ferro Leopoldina Railway Company que no passado, serviu  a Nova Friburgo e restante do interior do Estado. Com a extinção do ramal, por ser obsoleto e anti-econômico, foi presenteada à cidade em 1966, e colocada como monumento, pela Rede-Ferroviária Federal, na Praça Presidente Getúlio Vargas. Na década de 70, por ordem da Prefeitura, foi destruída a maçarico e transformada num monte de sucata.  No local foi construído um coreto em concreto, sem qualquer finalidade, por não comportar nenhuma das bandas de música da cidade.   Noticias de Friburgo.

Fotos:   Acervo Digital Castro  -  Nova Friburgo - Brasil

Hino de Friburgo ... Nossa Cidade Maravilhosa!

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   Original do hino composto por  Flanklim Coutinho com música do Maestro Sérvio Lago, para as comemorações do Centenário de Nova Friburgo ocorrido em 16 de Maio de 1918.

Hino Nova Friburgonet

Friburguenses, cantemos o dia
Que surgindo glorioso hoje vem,
Nesta plaga onde o amor e a poesia
São como as flores nativas também
Escutando os rumores da brisa,
Refletindo esse céu todo azul,
O Bengalas sereno desliza
Sob o olhar do Cruzeiro do Sul.

Estribilho

Salve, brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
Do suspiro na fonte saudosa,
Há três almas que gemem de dor,
Repetindo esta prece maviosa
Da saudade, do ciúme e do amor
Estas serras de enorme estatura,
Alcançando das nuvens o véu,
São degraus colocados na altura,
São escadas que vão para o céu.

Estribilho

Coroemos de versos e flores
A Princesa dos Órgãos, gentil,
Embalada em seus sonhos de amores
Das aragens ao canto sutil.
Em teu seio de paz e bonança,
Sono eterno queremos dormir,
Doce anelo de nossa esperança,
Esperança de nosso porvir!

Letra: Franklin Coutinho.        Música: Sérvio Lago

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Edificio Itália em Friburgo...

Ponte entre o passado e o presente ligam brasileiros e italianos ao futuro

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Edifício Itália na Avenida Comte Bittencourt, próximo ao encontro dos rios Cônego e Santo Antônio que formam o Rio Bengala.

Quando se toma por base o número de brasileiros descendentes de italianos, o Brasil possui a maior população italiana fora da Itália. Não se sabe o número exato, visto que os censos nacionais não questionam a ancestralidade do povo brasileiro.   Todavia, as estimativas oscilam entre 23 a 25 milhões os brasileiros com algum grau de ascendência italiana, representando cerca de 15% da população brasileira. Atualmente, vivem no Rio de Janeiro 600 mil italianos e descendentes, representando cerca de 4% da população do estado. A cidade de Valença no sul doestado possui a maior colônia de descendentes de italianos do estado do  Rio de Janeiro.

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Vista aérea do Edifício Itália em Nova Friburgo.

Entre 1819 e 1820, chegaram ao Brasil 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, totalizando 1.686 imigrantes. Fundaram a cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.Entre 1870 e 1920, momento áureo do largo período denominado como da "Grande Imigração", os italianos corresponderam a 42% do total dos imigrantes entrados no Brasil, ou seja, em 3,3 milhões pessoas, os italianos eram cerca de 1,4 milhões.

Edifício Itália,a ponte entre brasileiros e italianos desde a década de 10 do século 20

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Década  de  10  de  século  XX.  Largo  do encontro, onde  tem  início  o  Rio  Bengalas. A  ponte  ao centro, transpunha  o  rio  Santo  Antônio  e  a  pinguela, à direita, o rio Cônego.  o  Governo  brasileiro expropriou-o  e, ali, localizou  a  Delegacia  de  Polícia  e  a  cadeia  pública. Findo  o  conflito, foi  o  mesmo devolvido aos  italianos  que,  no  local,  fizeram  construir  o  moderno  Edifício  Itália.

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Na Década de 10 do século 20 havia um grande sobrado que pertenceu à família do Dr.  Rodolfo Albino Dias da Silva, autor da primeira Farmacopéia Brasileira . O prédio foi demolido para dar lugar ao moderno  Edifício Itália (foto acima). Em frente ao prédio a ponte ainda é a mesma, no largo do encontro dos rios Cônego e Santo Antônio formando o Rio Bengalas. Mesmo com a grande enchente que aconteceu em janeiro na cidade, a ponte manteve-se firme e sólida. As fotos mostram o mesmo ângulo. Na foto antiga do Acervo Osmar Castro a casa de Dr. Rodolfo. Na foto atual feita no mesmo ângulo por Castro vemos a ponte,o edifício Itália e as construções que tomaram toda a área em torno.

Texto:  Lucas Ximenes      -       Fotos:  Osmar Castro

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Morro do "Porcelet'' na Ponte da Saudade

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“Morro do Porcelet” na Ponte da Saudade com 1.430 metros de altitude, fotografado  da “Pedra do Elefante” ou “Pedra do Imperador”  em Olaria.     Foto: Osmar de Castro
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Rocha em forma de “face” na  Pedra do Porcelet com  1.430 metros de altitude; local ideal para quem gosta de caminhar e manter  contato  direto com a natureza.   As trilhas são largas e além dos pedestres, pássaros e outros bichos, podemos cruzar com algumas  motos pois é ideal para trilhas.|  Observe que a rocha em questão acima mais parece a face humana com um proeminente nariz.   Já para os amantes da fotografia, o “Porcelet”  é um dos principais pontos em que podemos observar  Nova Friburgo e o bairro de Olaria  em nossa frente cercados pelo “Pico do Caledônia”, “Pedra do Imperador”, “Morro da Cruz”, “Duas Pedras”  e o “Chapéu da Bruxa”, um cenário perfeito para admirar a “Princesinha da Serra”.     Lembre-se:  Sempre que for caminhar tire apenas fotos e nada mais, a natureza agradece. Tenha o cuidado de levar para casa o lixo que você produzir, evitando assim queimadas e depredação do meio ambiente.
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Vista aérea da Fábrica Ypu, que foi fundada em 10 de julho de 1912 por Maximilian Falck, tendo por primeiro sócio Willian Peacoc Dennis.

Fotos: Osmar de Castro  -  Nova Friburgo Brasil

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nova Friburgo ainda vive pela metade


                 Quase três meses depois das chuvas de janeiro, obras de recuperação ainda não conseguiram restabelecer a rotina na cidade que teve mais de 400 mortos.

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Símbolo da destruição nas chuvas de janeiro, a igrejinha na Praça do Suspiro passou por limpeza, mas ainda está rodeada de lama.

Desde o temporal que destruiu Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, o melhor momento para o vendedor de móveis Deiler Souza Nascimento, 31 anos, foi quando o governo federal liberou o saque do FGTS para os moradores das cidades atingidas. "Fevereiro foi melhor do que o Natal. Cheguei a atender 60 pessoas por dia, todo mundo querendo refazer a casa depois da tragédia”, conta o vendedor. Os 109 milhões de reais de contas do Fundo de Garantia, no entanto, sumiram como água em terra seca na imensidão dos estragos na cidade.
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Vista  aérea do centro de Nova Friburgo onde ocorreram vários deslizamentos de terra com vitimas fatais.

O movimento do comércio é um termômetro da velocidade em que a vida tenta voltar ao normal em Friburgo. Na última quinta-feira, às 16h30, a loja estava às moscas. E só três pessoas entraram – e não comprara – na loja de Deiler. "Infelizmente, quem tinha que comprar já comprou", constatou.
Nova Friburgo vive pela metade. A cidade teve mais da metade dos cerca de 800 mortos da tempestade de janeiro. Diferentemente de Teresópolis e Petrópolis, onde os estragos se concentraram em uma região, praticamente toda a cidade foi atingida, e ainda há muito para refazer. O processo de reconstrução começou pelo centro, ponto estratégico para o comércio e o turismo locais. Mesmo assim, os principais pontos turísticos ainda não foram recuperados. O teleférico da Praça do Suspiro, o maior de cadeiras duplas do país, permanece danificado e ainda não tem previsão de reabertura. A situação é a mesma da Capela de Santo Antônio, que fica na mesma praça. Há outra parte da cidade que ainda não viu a reconstrução começar.
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Deslizamentos observados do alto do Tingly no centro de Nova Friburgo.

A aposentada Maria Madalena de Paula Coutinho, 64 anos, moradora do bairro Vilage, ficou nessa segunda metade de Friburgo. “Está abandonado. Ninguém vai lá. O ônibus ainda não voltou a circular porque só tem passagem para carro pequeno. Meu filho se inscreveu para o aluguel social, mas não recebeu. Ele, a mulher e o casal de filhos tiveram a casa condenada pela Defesa Civil, mas ainda passam os dias lá. À noite, vão dormir na minha casa porque têm medo”, conta.

Apesar de mais de 2.000 famílias de Friburgo já estarem recebendo o aluguel social, o Ministério Público Estadual (MPRJ) decidiu instaurar um inquérito para apurar os casos de pessoas que têm direito, mas não conseguiram receber o benefício. Após uma reunião com o MPRJ, a prefeitura se comprometeu a reabrir as inscrições para novos candidatos ao aluguel social. "Detectamos que o número de benefícios é muito inferior ao necessário. Muitas pessoas poderiam receber, mas não estão tendo acesso ao aluguel social porque não conseguiram se inscrever. Consideramos que o prazo foi extremamente curto. Também já levamos esse problema à Secretaria Estadual de Assistência Social, que prometeu apenas estudar a nossa proposta", afirma o procurador Leonardo Kataoka.
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Acima  o  morro da Vilage  com deslizamentos de encostas que destruíram várias casas e ceifaram vidas no fatídico dia 12 de janeiro de 2011.

Friburgo é referência para uma série de municípios ao norte do estado. A pequena Bom Jardim, 20 quilômetros ao norte, depende diretamente da economia do vizinho maior, uma vez que produz insumos e presta serviços terceirizados ao pólo industrial de lingerie de Friburgo. Desde a tempestade, a queda de uma ponte na RJ-116 complicou o trânsito entre as duas cidades – afetando também os municípios de Cordeiro, Cantagalo, Macuco e Duas Barras. Hoje, o acesso a Bom Jardim é possível graças a uma ponte metálica instalada pelo Exército, que restringe o tráfego a um único sentido por vez e comporta caminhões de até dois eixos. O governo do estado promete entrar uma nova ponte daqui a cinco meses, mas as obras sequer começaram. Enquanto isso, os moradores de Bom Jardim são obrigados a incorporar à sua rotina um congestionamento interminável e inédito no pequeno município.
duas_pedras_deslizamentosrochasVista do Morro do Tingly  no centro da cidade -  Foto: Osmar de Castro

Economia - Os governos federal e estadual lançaram mão de uma série de incentivos para injetar dinheiro na reconstrução, pelos governos e pelo lado da iniciativa privada. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou o Programa de Reconstrução do Estado do Rio de Janeiro (PER RJ), com verba total de 400 milhões de reais para financiar, em condições especiais, empresas e empreendedores dos municípios afetados. Segundo balanço desta segunda-feira, já foram desembolsados 117,4 milhões de reais – dos quais 55,6 milhões de reais, ou 47%, para Friburgo. O setor de comércio e serviços foi o maior beneficiado, respondendo por 1.305 operações de um total de 1.658.
Para o setor agrícola, foi criada uma linha emergencial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com verba de até 13 milhões de reais. Até 30 de março, a linha de crédito liberou 3,1 milhões de reais para 1.563 produtores. Com os recursos, os agricultores estão reconstruindo a infraestrutura produtiva, como sistema de irrigação, galpões de armazenagem e estufas. Outros estão comprando sementes e mudas para retomar a produção.
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“O Teleférico”  um dos principais pontos turísticos  da cidade foi totalmente destruído.

Para a realização das obras emergenciais e de reconstrução dos municípios atingidos pelas chuvas, o governo federal já repassou 80 milhões de reais para o governo do estado e mais 30 milhões para as prefeituras. O governo do estado também já conseguiu dois importantes empréstimos com duas instituições financeiras internacionais. Do Banco Mundial, virão 485 milhões de dólares, que serão gastos com construção de moradias, reassentamento e demolições – principalmente na região serrana. Essa semana, foi anunciado um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de 1 bilhão de reais para obras nas rodovias do estado. Um terço desse montante terá como destino as estradas da região serrana.
Mas, até agora, a medida que foi capaz de apresentar mais resultados em curto prazo foi mesmo a liberação do FGTS. De acordo com ao Caixa Econômica Federal, já foram pagos 109.581.958,06 reais referentes a 93.450 contas do fundo. Gerente de uma loja de materiais de construção do Centro, Sérgio Messias Tardin, de 46 anos, comemora as vendas de fevereiro e março, mas se diz preocupado com o futuro. “Janeiro foi muito complicado. Com a liberação do FGTS, conseguimos recuperar as perdas nos dois meses seguintes. Mas, sinceramente, temo pelos próximos meses”, explica.
A apreensão do comerciante é o sentimento que predomina na população. Tanto que sindicatos locais preparam um ato público para o próximo dia 12, às 15 horas, no obelisco da Praça Dermeval Barbosa Moreira, no centro de Nova Friburgo. Entre as reivindicações estão: a concessão do aluguel social para todos os desabrigados e desalojados; o início imediato da construção das casas; o não deslocamento das pessoas de seus bairros; atendimento imediato dos pedidos de limpeza e obra nos bairros; e vagas em hotéis para aqueles que ainda estão em abrigos.

Fotos :  Osmar de Castro       -         Texto:   Revista  Veja

sábado, 2 de abril de 2011

Duas Pedras antes e depois da tragédia

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Acima como era e abaixo como ficou as “Duas Pedras” depois da tragédia que marcou a história e a vida do cidadão friburguense.
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Quase três meses depois da tragédia provocada pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro, os moradores de Nova Friburgo ainda aguardam a solução dos problemas estruturais da cidade. Segundo o subsecretário extraordinário da Região Serrana, Affonso Monnerat, a situação ainda é difícil, porque o período de chuvas atrapalha a recuperação da estrutura da cidade.
“Ainda estamos no período de chuva e a grande área de recuperação de drenagem tem que ser [feita] por meio de projeto.  Não conseguimos recuperar a estrutura da cidade ainda por isso. Porque, com a enxurrada, você teve todo o sistema de drenagem de chuva entupido por lama e não adianta tentar fazer [a retirada] com caminhões, tem que refazer grande parte das galerias de rede pluvial. Então continua essa mesma angústia. Quando chove, enchem-se de novo alguns bairros porque não tem para onde escorrer”, disse Monnerat.

A cidade de Nova Friburgo ainda sofre com um problema político. Com o prefeito eleito, Heródoto de Mello, afastado por motivos de saúde e o vice-prefeito, Dermeval Neto, de férias nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Vereadores, Sergio Xavier, assumiu interinamente o poder. E a preocupação com a possibilidade de novos problemas relacionados às chuvas continua.

Fonte: Agência Brasil

Fotos: Osmar de Castro - Nova Friburgo Brasil

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cachoeira Véu de Noiva no Alto do Catete

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Acima, um dos pontos turísticos  mais visitados de Nova Friburgo a Cachoeira Véu de Noiva no Alto do Catete às margens da RJ-116.

Um dos principais cartões postais de nossa cidade  a cachoeira   “Véu de Noiva”, que foi parcialmente destruída pelas chuvas,  aguarda a sua recuperação para voltar a fazer parte  das fotos dos turistas que visitam nossa Nova Friburgo.
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Queda d´água Véu da Noiva, uma das principais atrações turísticas de Nova Friburgo, já não existe mais, ficou totalmente seca.  Com as fortes chuvas e os deslizamentos de terra ocorridos em 12 e 13 de janeiro de 2011, a cascata artificial (resultado do excesso de água que jorrava do canal que transportava o líquido para as máquinas da usina do Catete) teve o fluxo interrompido porque a tubulação foi derrubada por barreiras.

Fotos: Osmar de Castro   -  Nova Friburgo  Brasil