Na Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro,o telhado desabou e o altar foi parcialmente destruído. Por um milagre, a imagem de Santo Antônio esculpida em madeira, foi salva e fica exposta para visitação na Igreja Matriz de São João Batista na Praça Dermerval Barbosa Moreira.
Antes da tragédia do dia 12 de janeiro, assim era a Praça do Suspiro no centro de Nova Friburgo, um lugar especial para passear, andar de teleférico, comprar produtos da região e artesanatos, visitar a Capela de Santo Antônio, ir ao teatro ou apenas tomar sol e conversar com os amigos sentados próximos à “Fonte do Suspiro” que desapareceu por completo. Foto: Osmar de Castro.
Quem mora ou estava em Nova Friburgo na madrugada do último dia 12 vivenciou todo o drama, sofrimento e a dor da maior tragédia climática da história do país, e viu montanhas virem abaixo, levando tudo o que estava pela frente. Destruição, morte e cenário de guerra por todos os lados. Quem estava fora do município e acompanhou as notícias do desastre pela TV ou internet se chocou com uma das primeiras imagens veiculadas na mídia da destruição em Nova Friburgo: a avalanche no morro do teleférico, que arruinou grande parte da Praça do Suspiro, destruindo quase que totalmente um dos seus principais cartões-postais: a capelinha de Santo Antônio, erguida em 1884.
Antes da tragédia do dia 12 de janeiro, assim era a Praça do Suspiro no centro de Nova Friburgo, um lugar especial para passear, andar de teleférico, comprar produtos da região e artesanatos, visitar a Capela de Santo Antônio, ir ao teatro ou apenas tomar sol e conversar com os amigos sentados próximos à “Fonte do Suspiro” que desapareceu por completo. Foto: Osmar de Castro.
Quem mora ou estava em Nova Friburgo na madrugada do último dia 12 vivenciou todo o drama, sofrimento e a dor da maior tragédia climática da história do país, e viu montanhas virem abaixo, levando tudo o que estava pela frente. Destruição, morte e cenário de guerra por todos os lados. Quem estava fora do município e acompanhou as notícias do desastre pela TV ou internet se chocou com uma das primeiras imagens veiculadas na mídia da destruição em Nova Friburgo: a avalanche no morro do teleférico, que arruinou grande parte da Praça do Suspiro, destruindo quase que totalmente um dos seus principais cartões-postais: a capelinha de Santo Antônio, erguida em 1884.
Depois da tragédia, uma retroescavadeira retira toneladas de entulhos da Capela de Santo Antônio que foi parcialmente danificada pelas fortes chuvas do dia 12.
Agora, a mesma capelinha vai virar um novo símbolo: o da reconstrução da cidade e dos friburguenses, sob as bençãos de Santo Antônio, cuja imagem resistiu ao desastre e permaneceu intacta em meio aos escombros. A igrejinha foi escolhida pela Fundação Roberto Marinho e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para ser o primeiro imóvel do patrimônio histórico friburguense a ser totalmente restaurado. O custo da obra ainda não foi orçado, mas a Fundação Roberto Marinho já confirmou que pagará todas as despesas. O anúncio foi feito na tarde da última quinta-feira, 27, pela gerente de projetos e patrimônio da fundação, Mariângela Castro. Ela viajou a Nova Friburgo e vistoriou, em companhia da presidente do Inepac, Maria Regina Pontim de Mattos, a capelinha do Suspiro, e a estação ferroviária de Riograndina, outro bem tombado que foi violentamente atingido pela enxurrada do Rio Grande. “Essa recuperação da capela vai figurar ainda como o marco zero da reconstrução de toda Nova Friburgo. Um símbolo da nossa cidade será reerguido, dando força aos demais setores econômicos a recuperar tudo o que foi destruído.
Interior da Capela de Santo Antônio que foi parcialmente destruída pelas fortes chuvas do dia 12 de janeiro de 2011. Um dos cartões postais mais visitados de Nova Friburgo, a Capelinha será totalmente restaurada com o apoio da Fundação Roberto Marinho. Foto: Osmar de Castro.
Após a visita à capela de Santo Antônio, Mariângela Castro disse que se surpreendeu durante a visita à capela e à estação ferroviária. “Subi a serra com uma sensação estranha, de que iria me chocar com cenas de desgraça. Vi, sim, muita destruição, mas me revigorei ao perceber em todos os cantos em que estive mutirões de moradores, voluntários e equipes de obras limpando, retirando barreiras e retirando lama de casas e ruas. É uma tentativa de recomeço. Uma união impressionante. Na Praça do Suspiro, me emocionei com homens da Prefeitura limpando o piso. Isso mostra o zelo e a preocupação que a população de Nova Friburgo tem com sua cidade”, disse ela.
A gerente da Fundação Roberto Marinho ainda não sabe quando as obras de recuperação da capela terão início, mas garante que serão o mais breve possível. A capela teve parte do telhado e quase todo o seu interior destruídos pela avalanche. Dois carros foram retirados do local, em meio a muita lama e entulhos. Um relatório dos danos causados será feito, para permitir a elaboração do projeto de restauração. Além de doar os recursos necessários para a recuperação da capela, a Fundação Roberto Marinho acompanhará toda a obra. A instituição atualmente desenvolve, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, as construções do Museu de Arte do Rio e a Escola do Olhar e, em conjunto com o governo do estado, o Museu do Amanhã.
“Todos esses esforços, inclusive a recuperação da capela em Nova Friburgo, visam à mudança de conceito e imagem do Rio de Janeiro, com vistas à criação de um novo estado para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas, daqui a três e cinco anos, respectivamente”, comentou Mariângela.
Passados 18 dias depois da tragédia, o número de mortes em decorrência das chuvas na Região Serrana continua a subir, e chegou a 850 nesta sexta-feira. Segundo a Secretaria de Comunicação das Prefeituras já são 409 mortos em Friburgo, 344 em Teresópolis, 68 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, seis em São José do Vale do Rio Preto e um Bom Jardim.
Fotos: Osmar de Castro. Texto: Jornal A Voz da Serra
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